Os dentes são parte importante do nosso corpo, mas só nos lembramos deles quando dão problema, não é mesmo? No entanto, há algumas curiosidades sobre os nossos dentes que você provavelmente não sabe.
Os dentes são mais do que apenas ferramentas para mastigar. Eles desempenham papéis fundamentais na nossa saúde bucal e geral. Aqui estão 9 curiosidades fascinantes sobre os dentes que talvez você ainda não conheça:
1. Dentes não são ossos
Embora os dentes possam parecer semelhantes aos ossos em termos de dureza e composição mineral, eles são, na verdade, estruturas diferentes em termos de formação, função e composição.
Os ossos são tecidos vivos que compõem o esqueleto humano. Eles são compostos principalmente por células ósseas, minerais como cálcio e fósforo, proteínas e colágeno. Os ossos têm uma estrutura interna porosa e são capazes de se regenerar e crescer ao longo da vida, respondendo a estímulos como exercícios físicos e estresse mecânico.
Por outro lado, os dentes são estruturas não renováveis e não vivas. Eles consistem principalmente em dentina, um tecido mineralizado duro que forma a maior parte da estrutura do dente.
A dentina é coberta pelo esmalte, uma camada extremamente dura e mineralizada que protege a dentina subjacente. Assim, ao contrário dos ossos, os dentes não possuem vasos sanguíneos, nervos ou células vivas em sua estrutura principal. A única parte viva do dente é o tecido mole chamado polpa, que fica no centro do dente e contém vasos sanguíneos e nervos.
Embora os dentes não sejam considerados ossos, eles desempenham funções importantes na mastigação, na articulação da fala e na estética facial. É essencial cuidar dos dentes adequadamente através de uma boa higiene bucal, visitas regulares ao dentista e uma dieta equilibrada para manter a saúde bucal e geral ao longo da vida.
2. O esmalte dental é a parte mais dura do corpo humano
O esmalte dental é notável por sua incrível dureza e resistência. Ele é a camada externa dos dentes, cobrindo a dentina subjacente, e é considerado a substância mais dura e mineralizada do corpo humano.
Composto principalmente por cristais de hidroxiapatita, uma forma de fosfato de cálcio, o esmalte dental é extremamente duro e resistente à abrasão e à pressão. Esta dureza é crucial para proteger os dentes contra danos causados por mastigação, escovação e outros estresses mecânicos.
Além de sua dureza, o esmalte dental também desempenha um papel vital na proteção dos dentes contra a cárie dentária. Por ser uma barreira física entre os ácidos produzidos pelas bactérias da placa bacteriana e a dentina subjacente, o esmalte ajuda a prevenir a desmineralização e a deterioração dos dentes.
Apesar de sua resistência impressionante, o esmalte dental não é indestrutível. Ele pode ser danificado por ácidos presentes em alimentos e bebidas ácidas, bem como por hábitos prejudiciais como ranger os dentes (bruxismo) e a falta de higiene bucal adequada.
Uma vez que o esmalte dental é incapaz de se regenerar, é fundamental protegê-lo através de práticas de higiene bucal adequadas, como escovação regular, uso de fio dental e visitas regulares ao dentista. Adotar uma dieta equilibrada e evitar alimentos e bebidas ácidas também pode ajudar a preservar a saúde e a integridade do esmalte dental, garantindo um sorriso bonito e saudável por muitos anos.
O processo de formação dos dentes começa muito cedo no desenvolvimento humano, mesmo antes do nascimento. Durante as primeiras semanas de gestação, por volta do terceiro mês de gravidez, a formação dos dentes começa a ocorrer.
Os dentes se desenvolvem a partir de estruturas chamadas de “botões dentários“, que são pequenos aglomerados de células que começam a se formar na gengiva do feto. Estes botões dentários são as bases a partir das quais os dentes individuais irão se desenvolver.
Ao longo do desenvolvimento fetal, esses botões dentários se multiplicam e começam a se diferenciar em diferentes tipos de tecidos dentários, como a dentina, o esmalte e o cemento. O processo de formação dentária continua até o nascimento e além, com a erupção dos dentes decíduos, também conhecidos como dentes de leite.
Por volta do sexto ou sétimo mês de vida, os primeiros dentes de leite geralmente começam a erupcionar na boca do bebê. Esse processo de erupção dos dentes de leite continua até que todos os 20 dentes decíduos estejam presentes, geralmente por volta dos 2 ou 3 anos de idade.
Após a erupção dos dentes de leite, o processo de formação dos dentes permanentes começa. Os primeiros molares permanentes geralmente começam a se desenvolver por volta dos 6 anos de idade, seguidos pelos incisivos permanentes, caninos, pré-molares e molares ao longo da infância e adolescência.
É importante cuidar da saúde bucal desde os estágios iniciais da vida fetal, garantindo uma dieta nutritiva para a mãe e mantendo bons hábitos de higiene bucal após o nascimento. Isso ajuda a garantir um desenvolvimento dentário saudável e a prevenir problemas dentários no futuro.
A cárie é a segunda doença mais comum no mundo
A cárie dentária, também conhecida como cavidade ou deterioração dos dentes, é de fato uma das condições de saúde bucal mais prevalentes em todo o mundo, sendo considerada a segunda doença mais comum, perdendo apenas para a gripe.
Essa condição é causada principalmente pela interação de bactérias presentes na placa bacteriana com os açúcares e amidos presentes na dieta. As bactérias metabolizam esses carboidratos para produzir ácidos, que corroem o esmalte dental ao longo do tempo, resultando na formação de cavidades.
A cárie dentária pode se desenvolver em qualquer idade e em qualquer dente, mas é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Isso acontece devido a fatores como dieta rica em açúcares, falta de higiene bucal adequada e exposição inadequada ao flúor.
Os sintomas da cárie dentária podem variar de acordo com o estágio da doença, mas geralmente incluem sensibilidade dentária, dor ao mastigar, manchas brancas ou escuras nos dentes e sensação de dor ou desconforto ao consumir alimentos ou bebidas quentes, frios ou doces.
Prevenir a cárie dentária é fundamental para manter a saúde bucal em dia. Isso pode ser feito através de práticas simples de higiene bucal. Práticas como escovação regular com pasta de dente com flúor, uso de fio dental diariamente, limitação do consumo de alimentos e bebidas açucaradas e visitas regulares ao dentista para exames e limpezas são importantes.
Ao abordar a cárie dentária precocemente, é possível evitar complicações mais graves, como infecções dentárias, abscessos e perda dentária. Portanto, conscientizar sobre a importância da prevenção e cuidado com a saúde bucal é essencial para reduzir a incidência dessa doença comum e promover sorrisos saudáveis em todo o mundo.
4. Produzimos 38 mil litros de saliva ao longo da vida
A saliva desempenha um papel vital na saúde bucal e na digestão, e é surpreendente o quanto produzimos ao longo da vida. As glândulas salivares são responsáveis pela produção constante desse líquido essencial, que é composto principalmente por água, mas também contém enzimas, eletrólitos, proteínas e compostos antimicrobianos.
Ao longo de um dia, uma pessoa normal pode produzir entre um e dois litros de saliva, dependendo de fatores como atividade física, ingestão de alimentos e estímulo nervoso. Isso equivale a uma quantidade significativa de saliva ao longo de um ano e, ao longo de uma vida média de 70 anos, pode totalizar aproximadamente 38 mil litros!
A saliva desempenha várias funções essenciais no corpo humano. Ela ajuda a lubrificar e umedecer a boca e a garganta, facilitando a fala, a mastigação e a deglutição dos alimentos. Além disso, a saliva contém enzimas digestivas que começam a quebrar os alimentos ainda na boca, ajudando na digestão.
Outra função importante da saliva é proteger os dentes contra cáries e doenças periodontais. Ela ajuda a neutralizar ácidos produzidos pelas bactérias na boca, remineraliza o esmalte dental e remove partículas de alimentos e placa bacteriana dos dentes e da gengiva.
Além disso, a saliva possui propriedades antimicrobianas que ajudam a controlar o crescimento de bactérias e fungos na boca, contribuindo para manter um ambiente oral saudável.
Portanto, a produção constante de saliva ao longo da vida desempenha um papel crucial na saúde bucal e geral. Por isso, é importante garantir uma boa hidratação e estimular a produção de saliva através da ingestão de água e de alimentos que estimulem a produção salivar, como frutas ácidas e mastigar alimentos fibrosos.
5. Escovar os dentes diminui os riscos de ter um AVC
A conexão entre a saúde bucal e a saúde geral do corpo é cada vez mais reconhecida pela comunidade médica e odontológica. Estudos têm mostrado que a saúde bucal precária pode estar associada a uma variedade de condições médicas, incluindo doenças cardíacas e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
O AVC é uma condição grave que ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, resultando em danos cerebrais. Existem dois tipos principais de AVC:
- Isquêmico: causado por um bloqueio ou obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro;
- Hemorrágico, causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo.
A relação entre a saúde bucal e o AVC está relacionada principalmente à presença de doenças periodontais, como gengivite e periodontite. Estas doenças são causadas pela inflamação das gengivas devido à acumulação de placa bacteriana e tártaro nos dentes e gengivas.
A placa bacteriana contém bactérias que podem entrar na corrente sanguínea através de pequenas lesões nas gengivas, alcançando outras partes do corpo, incluindo o cérebro. Uma vez na corrente sanguínea, essas bactérias podem causar inflamação e danos aos vasos sanguíneos. Assim, aumentando o risco de formação de coágulos sanguíneos e obstruções que podem levar a um AVC isquêmico.
Além disso, as bactérias presentes na placa bacteriana também podem desencadear uma resposta inflamatória sistêmica no corpo. Por consequência, acabam aumentando o risco de doenças cardiovasculares, incluindo aterosclerose, que é o acúmulo de placas nas artérias.
Como prevenir o AVC?
A boa notícia é que a prevenção é possível. Manter uma boa higiene bucal, incluindo escovação regular dos dentes, uso de fio dental diariamente e visitas regulares ao dentista para exames e limpezas, pode ajudar a prevenir a acumulação de placa bacteriana e reduzir o risco de desenvolver doenças periodontais e suas complicações associadas, incluindo o risco de AVC.
Portanto, escovar os dentes regularmente não apenas ajuda a manter um sorriso bonito e saudável, mas também desempenha um papel importante na proteção da saúde geral do corpo, incluindo a redução do risco de AVC e outras condições médicas graves.
Em nosso site, fizemos um post guia para como usar a escova de dentes, melhor amiga da saúde bucal.
6. Utilizamos 14 músculos quando sorrimos
Quando sorrimos, estamos envolvendo todo um complexo sistema muscular facial que nos permite expressar felicidade, alegria e emoções positivas. Surpreendentemente, sorrisos simples podem envolver até 14 músculos faciais diferentes!
Esses músculos trabalham em conjunto para formar o que chamamos de “sorriso”. Aqui estão alguns dos principais músculos envolvidos ao sorrir:
- Músculos zigomáticos major e minor: Estes são os principais músculos do sorriso, localizados nas bochechas. Eles se contraem para levantar os cantos dos lábios, criando a característica curva ascendente do sorriso.
- Músculos orbiculares: Estes são os músculos circulares ao redor dos lábios. Eles se contraem para puxar os lábios para trás e para cima, ajudando a revelar os dentes ao sorrir.
- Músculos bucinadores: Estes músculos estão localizados nas bochechas e ajudam a retrair os cantos da boca, contribuindo para o sorriso.
- Músculos elevadores do lábio superior: Como o nome sugere, esses músculos elevam o lábio superior ao sorrir, expondo os dentes superiores.
- Músculos levantadores do lábio inferior: Estes músculos elevam o lábio inferior, ajudando a expor os dentes inferiores ao sorrir.
- Músculos depressores do ângulo da boca: Estes músculos ajudam a abaixar os cantos da boca, permitindo uma variedade de expressões faciais, incluindo sorrisos sutis.
Esses são apenas alguns dos principais músculos envolvidos no processo de sorrir. Além disso, existem outros músculos menores e mais específicos que contribuem adicionalmente na expressão facial durante um sorriso.
7. Em uma gota de saliva existem cerca de 2 bilhões de bactérias
A saliva é muito mais do que apenas um líquido na boca; é uma mistura complexa de água, eletrólitos, enzimas, proteínas e, sim, bactérias. Surpreendentemente, uma única gota de saliva pode conter uma quantidade incrível de bactérias, estimada em cerca de 2 bilhões delas!
Essas bactérias são parte natural do ecossistema oral humano e desempenham papéis importantes na saúde bucal e digestão. No entanto, quando o equilíbrio natural das bactérias na boca é perturbado, seja por falta de higiene bucal adequada, dieta desequilibrada ou outros fatores, pode ocorrer o crescimento excessivo de certas bactérias. Isso acaba levando a problemas como cárie dentária, gengivite e mau hálito.
Entre as bactérias presentes na saliva, algumas são consideradas “bactérias patogênicas”, o que significa que podem causar doenças se não forem controladas adequadamente. No entanto, a maioria das bactérias na boca é inofensiva ou até mesmo benéfica. Assim, desempenhando papéis importantes na digestão, na proteção contra patógenos invasores e na manutenção do equilíbrio do microbioma oral.
A quantidade e a composição das bactérias na saliva podem variar de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como dieta, higiene bucal, estado de saúde e uso de medicamentos. É por isso que é importante manter uma boa higiene bucal, incluindo escovação regular dos dentes, uso de fio dental diariamente, visitas regulares ao dentista e uma dieta equilibrada.
Ao manter o equilíbrio do microbioma oral e controlar o crescimento excessivo de bactérias patogênicas, podemos ajudar a prevenir uma série de problemas de saúde bucal e geral, garantindo um ambiente oral saudável e mantendo um sorriso radiante por muitos anos.
Segundo uma pesquisa, metade dos brasileiros entre 35 e 45 anos já perdeu ao menos 12 dentes, o que representa uma proporção significativa da população nessa faixa etária. Isso indica que a perda dentária não é apenas um problema exclusivo dos idosos, mas também afeta uma parcela considerável da população em estágios mais jovens da vida adulta.
Além disso, os dados revelam que cerca de 80% dos idosos brasileiros possuem menos de 20 dentes. Ou seja, isso acaba sugerindo uma alta incidência de edentulismo (perda de todos os dentes) ou de parcial edentulismo entre essa faixa etária. Essa é uma estatística alarmante que reflete os desafios enfrentados pela população idosa no Brasil em relação à saúde bucal e à perda dentária.
Esses números reforçam a importância da promoção da saúde bucal ao longo da vida e da implementação de programas de saúde voltados para a prevenção da perda dentária. Além disso, o acesso a opções de tratamento adequadas para aqueles que já perderam dentes. É fundamental garantir que os idosos tenham acesso a cuidados odontológicos de qualidade para ajudar a manter a saúde bucal e a qualidade de vida na terceira idade.
O bruxismo é um distúrbio caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes, geralmente ocorrendo durante o sono. Essa condição afeta uma proporção significativa da população mundial. Os estudos sugerem que cerca de 15% a 23% das pessoas em todo o mundo sofrem com bruxismo em algum momento de suas vidas.
O bruxismo pode ser dividido em duas categorias principais:
Bruxismo do sono: é o tipo mais comum e ocorre durante o sono, muitas vezes associado a distúrbios do sono como a apneia do sono
Bruxismo de vigília: ocorre enquanto a pessoa está acordada e consciente, geralmente em resposta ao estresse, ansiedade ou tensão emocional.
As causas do bruxismo podem variar e muitas vezes são multifatoriais. Fatores como estresse, ansiedade, distúrbios do sono, problemas de oclusão (mordida), uso de certos medicamentos e consumo excessivo de álcool ou cafeína podem contribuir para o desenvolvimento do bruxismo.
Os sintomas do bruxismo podem incluir ranger ou apertar dos dentes durante o sono, dores de cabeça, dor facial, dor na mandíbula, desgaste dos dentes, sensibilidade dentária, distúrbios do sono e dor no pescoço e ombros.
O tratamento do bruxismo geralmente envolve abordagens multidisciplinares. Ele pode incluir o uso de dispositivos de proteção dental, terapia comportamental, terapia de relaxamento, fisioterapia, medicação para aliviar a dor e tratamento para distúrbios do sono subjacentes, se presentes.
É importante abordar o bruxismo precocemente para prevenir danos adicionais aos dentes e tecidos moles da boca, bem como para aliviar os sintomas associados e melhorar a qualidade de vida do paciente. Consultar um dentista ou um médico especializado em distúrbios do sono é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento adequados do bruxismo.
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